Duas instituições que são referências no ensino público ainda não iniciaram o
ano letivo. No Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(CAp-UFRJ), na Lagoa, apenas alunos do 3º ano do ensino médio vêm tendo aulas:
com salários atrasados, funcionários de limpeza entraram em greve, o que impediu
a abertura plena da unidade na data prevista, 9 de fevereiro. Nesta terça-feira, pais e
alunos fizeram um “vassouraço” na porta da escola. A situação no Colégio de
Aplicação da Universidade estadual do Rio de Janeiro (CAp-Uerj), no Rio
Comprido, é ainda pior: por falta de professores, 1.100 alunos estão sem
aulas.
O início do ano letivo no CAp-Uerj estava previsto para segunda-feira passada. Mas a direção informou que as aulas só começarão na quarta-feira da semana que vem. Nesta terça-feira, pais de alunos se reuniram no auditório da Uerj, no Maracanã, para discutir a situação. Segundo Helena Medeiros, mãe de um aluno do 7º ano do ensino fundamental, os problemas do colégio começaram quando a Justiça determinou que os contratos temporários de professores fossem suspensos.
O colégio tinha 50% dos professores com contratos temporários. A Justiça, acertadamente, determinou que acabassem com esses contratos. Só que, agora, a escola não consegue completar o quadro de professores. Dos 70 que o CAp-Uerj precisa, apenas dez profissionais se apresentaram — disse Helena.
O CAp-Uerj também tem dívidas com as empresas terceirizadas que fazem manutenção e limpeza.
Não acreditamos que consigam resolver o problema até o dia 11 para que a escola tenha condições de receber os alunos — disse Karla Vieira, mãe de um aluno do 8º ano do ensino fundamental.
O diretor do CAp-Uerj, Lincoln Tavares, disse que o problema de falta de professores afetou todas as unidades da Uerj, que há anos tinha três formas de vínculos com docentes: efetivos, estatutários e contratados. Segundo ele, com a suspensão dos contratos temporários, o colégio foi uma das unidades mais prejudicadas. Ainda de acordo com Tavares, somente em novembro do ano passado o CAp-Uerj recebeu autorização para fazer os concursos. Porém, a procura foi baixa. Para algumas disciplinas, como Geografia, não houve sequer inscrições.
Estamos terminando uma nova leva de concursos e espero conseguir completar o quadro de professores. Mas não é apenas isso. Não podemos iniciar as aulas sem o pessoal da limpeza, manutenção e segurança. Estão todos sem receber salários por causa do atraso nos repasses — disse Tavares.
UFRJ RECONHECE ATRASO
No CAp-UFRJ, a empresa Qualitécnica, responsável pela limpeza das unidades da universidade, opera com número reduzido de funcionários. Ainda não se sabe quando as aulas do ensino fundamental serão iniciadas. Ao todo, o colégio tem 750 alunos.
— Tivemos informação que a UFRJ pagou a empresa de limpeza, que não repassou o dinheiro aos funcionários. Ainda haverá uma reunião do Conselho Pedagógico para discutir o cenário e definir a data de início das aulas — disse Patrícia Boueri, mãe de uma aluna do 4° ano do ensino fundamental.
A UFRJ reconheceu que houve um atraso no repasse para a empresa de limpeza nos meses de outubro, novembro e dezembro. A Qualitécnica ficou passível de punição, porque o contrato com a universidade determina uma janela de 90 dias. Ou seja, a empresa precisa ter fundo de caixa para custear esse período. O pagamento dos meses em atraso, segundo a UFRJ, foi quitado em fevereiro. A universidade espera que os salários dos funcionários da empresa sejam pagos e que eles voltem ao trabalho.
O início do ano letivo no CAp-Uerj estava previsto para segunda-feira passada. Mas a direção informou que as aulas só começarão na quarta-feira da semana que vem. Nesta terça-feira, pais de alunos se reuniram no auditório da Uerj, no Maracanã, para discutir a situação. Segundo Helena Medeiros, mãe de um aluno do 7º ano do ensino fundamental, os problemas do colégio começaram quando a Justiça determinou que os contratos temporários de professores fossem suspensos.
O colégio tinha 50% dos professores com contratos temporários. A Justiça, acertadamente, determinou que acabassem com esses contratos. Só que, agora, a escola não consegue completar o quadro de professores. Dos 70 que o CAp-Uerj precisa, apenas dez profissionais se apresentaram — disse Helena.
O CAp-Uerj também tem dívidas com as empresas terceirizadas que fazem manutenção e limpeza.
Não acreditamos que consigam resolver o problema até o dia 11 para que a escola tenha condições de receber os alunos — disse Karla Vieira, mãe de um aluno do 8º ano do ensino fundamental.
O diretor do CAp-Uerj, Lincoln Tavares, disse que o problema de falta de professores afetou todas as unidades da Uerj, que há anos tinha três formas de vínculos com docentes: efetivos, estatutários e contratados. Segundo ele, com a suspensão dos contratos temporários, o colégio foi uma das unidades mais prejudicadas. Ainda de acordo com Tavares, somente em novembro do ano passado o CAp-Uerj recebeu autorização para fazer os concursos. Porém, a procura foi baixa. Para algumas disciplinas, como Geografia, não houve sequer inscrições.
Estamos terminando uma nova leva de concursos e espero conseguir completar o quadro de professores. Mas não é apenas isso. Não podemos iniciar as aulas sem o pessoal da limpeza, manutenção e segurança. Estão todos sem receber salários por causa do atraso nos repasses — disse Tavares.
No CAp-UFRJ, a empresa Qualitécnica, responsável pela limpeza das unidades da universidade, opera com número reduzido de funcionários. Ainda não se sabe quando as aulas do ensino fundamental serão iniciadas. Ao todo, o colégio tem 750 alunos.
— Tivemos informação que a UFRJ pagou a empresa de limpeza, que não repassou o dinheiro aos funcionários. Ainda haverá uma reunião do Conselho Pedagógico para discutir o cenário e definir a data de início das aulas — disse Patrícia Boueri, mãe de uma aluna do 4° ano do ensino fundamental.
A UFRJ reconheceu que houve um atraso no repasse para a empresa de limpeza nos meses de outubro, novembro e dezembro. A Qualitécnica ficou passível de punição, porque o contrato com a universidade determina uma janela de 90 dias. Ou seja, a empresa precisa ter fundo de caixa para custear esse período. O pagamento dos meses em atraso, segundo a UFRJ, foi quitado em fevereiro. A universidade espera que os salários dos funcionários da empresa sejam pagos e que eles voltem ao trabalho.
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