Segundo o ministro Aloizio Mercadante, a ausência da língua na universidade fez a USP sair do ranking das 200 melhores.
A queda de pelo menos 68 posições da Universidade de São Paulo (USP) no ranking universitário Times Higher Education, o maior da atualidade, denunciou a importância do investimento em uma segunda língua. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a valorização de aulas ministradas em inglês na elaboração da lista causou a exclusão da instituição do grupo das 200 melhores do mundo, ficando entre as 250, e a perda de colocações da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) — que figurava entre as 275 mais bem colocadas, caindo para as 350. "Não é uma mudança de avaliação na qualidade da produção científica, na qualidade dos cursos, na produção acadêmica. É um indicador de internacionalização. É o número de oferta de cursos em língua inglesa, porque é um ranking de países de língua inglesa", justificou.
A presença do inglês também garante pontos a mais na quantidade de citações e artigos científicos produzidos. Como no Brasil o índice é baixo, a nota caiu automaticamente. O país foi o único que saiu da lista de 2012 para este ano. Para o editor do ranking, Phil Baty, 2013 foi ruim para os brasileiros, que deixaram que fazer parte do time de elite. Para ele, porém, a nação continua no centro de excelência em áreas específicas — o 93º lugar em ciências biológicas, por exemplo. Baty também ressalta a aposta na internacionalização, com o programa Ciência sem Fronteiras, que promete resultados positivos.
Mercadante reconhece que a expansão da língua é um grande desafio que o país enfrenta. A baixa fluência dos brasileiros já tinha sido apontada pelo ministério ao suspender as bolsas do Ciência sem Fronteiras para as universidades de Portugal e Espanha. Elas agrupavam a maior demanda, por não exigir a prova de línguas. "Fizemos a suspensão justamente para sinalizar que tem que ter uma segunda língua", ressaltou. O ministro, entretanto, defendeu que o critério de avaliação de uma universidade é a qualidade do curso, a produção científica acadêmica, artigos publicados, inovação, volumes de doutores. "Esses critérios não se alteraram nas universidades brasileiras."
O reitor da USP, João Grandino Rodas, também reconheceu que a universidade precisa se esforçar no uso do inglês para ficar entre as melhores. "Falamos um idioma que não é internacional e não estamos localizados no chamado "centro do mundo". Tais características, menos positivas, serão decisivas, em médio prazo, para a classificação da USP nos rankings internacionais e, dessa forma, suscitarão esforços cada vez mais pesados para que a USP se mantenha em boas posições." Rodas destacou que outras universidades latino-americanas foram rebaixadas e que, no mês passado, a instituição subiu da 127ª posição para a 139ª no QS World University Ranking.
Fonte: Correio Braziliense - http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/10/4/a-culpa-e-do-ingles/?searchterm=educa%C3%A7%C3%A3o
A queda de pelo menos 68 posições da Universidade de São Paulo (USP) no ranking universitário Times Higher Education, o maior da atualidade, denunciou a importância do investimento em uma segunda língua. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a valorização de aulas ministradas em inglês na elaboração da lista causou a exclusão da instituição do grupo das 200 melhores do mundo, ficando entre as 250, e a perda de colocações da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) — que figurava entre as 275 mais bem colocadas, caindo para as 350. "Não é uma mudança de avaliação na qualidade da produção científica, na qualidade dos cursos, na produção acadêmica. É um indicador de internacionalização. É o número de oferta de cursos em língua inglesa, porque é um ranking de países de língua inglesa", justificou.
A presença do inglês também garante pontos a mais na quantidade de citações e artigos científicos produzidos. Como no Brasil o índice é baixo, a nota caiu automaticamente. O país foi o único que saiu da lista de 2012 para este ano. Para o editor do ranking, Phil Baty, 2013 foi ruim para os brasileiros, que deixaram que fazer parte do time de elite. Para ele, porém, a nação continua no centro de excelência em áreas específicas — o 93º lugar em ciências biológicas, por exemplo. Baty também ressalta a aposta na internacionalização, com o programa Ciência sem Fronteiras, que promete resultados positivos.
Mercadante reconhece que a expansão da língua é um grande desafio que o país enfrenta. A baixa fluência dos brasileiros já tinha sido apontada pelo ministério ao suspender as bolsas do Ciência sem Fronteiras para as universidades de Portugal e Espanha. Elas agrupavam a maior demanda, por não exigir a prova de línguas. "Fizemos a suspensão justamente para sinalizar que tem que ter uma segunda língua", ressaltou. O ministro, entretanto, defendeu que o critério de avaliação de uma universidade é a qualidade do curso, a produção científica acadêmica, artigos publicados, inovação, volumes de doutores. "Esses critérios não se alteraram nas universidades brasileiras."
O reitor da USP, João Grandino Rodas, também reconheceu que a universidade precisa se esforçar no uso do inglês para ficar entre as melhores. "Falamos um idioma que não é internacional e não estamos localizados no chamado "centro do mundo". Tais características, menos positivas, serão decisivas, em médio prazo, para a classificação da USP nos rankings internacionais e, dessa forma, suscitarão esforços cada vez mais pesados para que a USP se mantenha em boas posições." Rodas destacou que outras universidades latino-americanas foram rebaixadas e que, no mês passado, a instituição subiu da 127ª posição para a 139ª no QS World University Ranking.
Fonte: Correio Braziliense - http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/10/4/a-culpa-e-do-ingles/?searchterm=educa%C3%A7%C3%A3o
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