terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

‘Adicionar’ o chefe e colegas de trabalho ou não: eis a questão. Especialistas discutem as desvantagens de tê-los como amigos nas redes sociais.

Adicionar ou não o chefe e colegas de trabalho no Facebook é uma decisão que talvez, para algumas pessoas, nem seja um bicho-de-sete-cabeças. Mas o que é aparentemente inofensivo pode ter efeitos ruins sobre a esfera profissional. Pesquisa recente da empresa Millennial Branding e do site Identified.com, ambos americanos, revelou que os usuários típicos da geração Y têm cerca de 700 amigos, e que apenas 16 deles são colegas de trabalho. Isso mostraria, segundo especialistas, que essa geração é bastante competitiva e que teme que uma mistura da vida pessoal e profissional possa prejudicar a carreira.

O fato é que, quando se está numa rede como o Facebook, com colegas e chefe “adicionados”, um deslize pode se tornar uma fofoca que, em alguns casos, pode até empatar uma promoção ou afetar permanentemente a imagem na empresa.

Segundo o coach Silvio Celestino, com a tecnologia, ficamos praticamente 100% do tempo conectados e somos excessivamente acessíveis. Por isso, diz, devemos pensar duas vezes antes de adicionar o chefe ou clientes nas redes sociais, porque eles poderão se comunicar com o profissional mesmo que ele não esteja acessando o e-mail da empresa.

- Se necessário, tenha dois perfis nas redes sociais: um público e o outro restrito a família e amigos - aconselha.

Para a consultora Ylana Miller, da Yluminarh Desenvolvimento Profissional, é válido adicionar chefias e colegas de trabalho nas redes sociais que tenham como foco a ampliação do relacionamento profissional, como o LinkedIn. No caso de redes que têm por objetivo troca de informações e experiências relativas à vida pessoal, família e amigos (Facebook, por exemplo), o conselho é convidar somente pessoas com as quais temos vínculos de amizade ou afinidades.

- No meu caso, por exemplo, recebo muitos convites de alunos no Facebook, mas não aceito porque optei por preservar a minha vida pessoal - diz Ylana. - É importante ressaltar que as pessoas precisam ser cuidadosas ao registrarem seus depoimentos. Qualquer que seja a rede, não deve ser utilizada para comentários e polêmicas sobre empresas, chefes e colegas de trabalho.

Ylana ressalta que não acha necessário ter dois perfis numa mesma rede social:

- É mais funcional criar um perfil profissional numa rede focada neste ambiente e outro, pessoal, em espaços virtuais que estimulem esta troca.

De acordo com Rodrigo Paiva, especialista do Instituto IOB, não há como separar a vida pessoal da profissional, desde que a pessoa seja “coerente”, on-line e off-line. Para ele, quem é autêntico o tempo todo não deve temer as interações on-line.

- Se formos na vida “on” o que somos na “off ”, não teremos problema. Os riscos surgem na medida em que as pessoas criam personagens e fazem do mundo on-line uma fuga de suas próprias personas - afirma. - Se a pessoa é correta e se pauta por bons valores, isso irá repercutir em qualquer perfil. Mesmo que haja separação, é muito simples localizar o perfil que se quer conhecer. Muitos headhunters o fazem atualmente.

Fonte: Isabel Kopschitz, com informações da Time
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/emprego/adicionar-chefe-colegas-de-trabalho-ou-nao-eis-questao-3749582#ixzz1kT4yRy1R

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