quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Professores da UFPR deflagram greve.

Nesta terça-feira (16/8), mais de 400 professores estiveram presentes na Assembleia Geral da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr-SSind) – Seção Sindical do ANDES-SN, que aprovou a deflagração da greve dos docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O movimento docente também instaurou a assembleia como permanente para que a categoria possa ser convocada a qualquer momento para deliberações. Cerca de 30 professores formam o Comando Local de Greve, que comporá as diversas comissões que conduzirão a greve.
 
Movimento nacional
No dia 13 de agosto, representantes de 27 seções sindicais aprovaram o indicativo de greve nacional, após avaliarem as rodadas de assembleias locais. Até o momento aprovaram o indicativo de greve 14 universidades.

O Setor indicou uma nova rodada de assembleias gerais das seções sindicais, de 17 a 19 de agosto, para avaliação da proposta do governo e o debate para a definição do início da greve nacional da categoria.
 
Nova Proposta do governo
No dia 15 de agosto o ANDES-SN se reuniu mais uma vez com o MPOG na tentativa de avançar nas negociações em torno da pauta emergencial apresentada pelo movimento docente.

O governo apontou que, além da incorporação da Gratificação por Exercício do Magistério Superior (Gemas) já prometida na rodada de negociação do dia 09 de agosto, seria possível incorporar a Gratificação de Atividade Docente de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Gedbt), contemplando desta forma os professores do Ebtt.

O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento (MP), Duvanier Paiva, propôs também adiar a correção das distorções geradas no momento da criação da classe de professor associado e, em troca, reajustar as iniciais das classes. Esse movimento seria, segundo o secretário do MP, no sentido de contemplar uma parcela maior da categoria.

Para o movimento docente a proposta apresentada não reorganiza a malha salarial, não valoriza o piso do magistério superior e ainda congela a remuneração da tabela salarial pelo menos até o início de 2013. Também não prevê a incorporação da Retribuição por Titulação (RT) e não contempla os professores aposentados.

A proposta apresentada pelo MP ainda não resolve a precarização do trabalho docente, a desvalorização frente a outras categorias do funcionalismo público federal e não repara as distorções internas existentes na evolução da própria carreira do magistério superior.

Paiva destacou a necessidade de se chegar a um acordo ainda nesta semana, pois será encerrada a planilha orçamentária e encaminhada à ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Pauta local
O movimento docente também aprovou a construção de uma pauta local emergencial que deverá nortear as negociações com a administração da universidade. A pauta visa estabelecer pontos mínimos que devem ser cumpridos pela UFPR a fim de minimizar a falta de estrutura e a crescente precarização do trabalho dos docentes da universidade.

Segundo o movimento docente, a comunidade universitária sofre hoje com uma crescente ausência de investimento público nas universidades federais e também pela implementação de programas como o Reuni. Os docentes têm desempenhado seus compromissos nesses programas, mas o Governo Federal não tem cumprido com a contrapartida necessária em infraestrutura e recursos humanos. Mas existem problemas que compõem a pauta local que podem ser resolvidas pela Administração da UFPR.

Fonte: www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=4815

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