sexta-feira, 27 de abril de 2012

Câmara aprova 44 mil cargos de professor para instituições federais.

A Comissão de Constituição, de Justiça e de Cidadania aprovou ontem (26) o Projeto de Lei 2134/11, do Executivo, que cria cargos efetivos, cargos de direção e funções gratificadas no Ministério da Educação. A medida beneficiará universidades públicas federais e escolas técnicas federais. Como a proposta tramita em caráter conclusivo, será enviada diretamente para a análise do Senado.

O relator, deputado Vicente Candido (PT-SP), recomendou a aprovação da proposta, mas considerou irregulares duas emendas aprovadas pela Comissão de Educação e Cultura. Uma delas previa limitações à autonomia do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, que é equiparado pela proposta aos institutos federais quanto à autonomia e gestão de pessoal. O relator considerou que a emenda tornaria inócua a equiparação proposta.

A outra emenda, que havia sido rejeitada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, foi considerada inconstitucional pelo relator. “Ela insiste na contratação de pessoas sem qualquer exigência de concurso público ou vínculo com a administração para assumir cargos de direção ou função gratificada”, explicou.

O presidente da CCJ, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), frisou que a inclusão da proposta na pauta de votação foi pedida por deputados ligados à Educação, e deve ajudar os institutos a reorganizarem e expandirem sua atuação.

No total, serão criados:
- 19.569 cargos de professor de nível superior;
- 24.306 cargos de professor do ensino básico, técnico e tecnológico;
- 27.714 cargos de técnico-administrativo;
- um cargo de direção CD-1;
- 499 cargos de direção CD-2;
- 285 cargos de direção CD-3;
- 823 cargos de direção CD-4;
- 1.315 funções gratificadas FG-1;
- 2.414 funções gratificadas FG-2; e
- 252 funções gratificadas FG-3.

Também serão contemplados com os novos cargos e funções o Instituto Nacional de Educação de Surdos, o Instituto Benjamim Constant, os colégios de aplicação vinculados às universidades e escolas técnicas federais e o Colégio Pedro II.

Funções gratificadas
Poderão ser nomeados para cargo de direção ou designados para função gratificada servidores públicos federais não pertencentes ao quadro permanente da instituição de ensino, respeitado o limite de 10% do total dos cargos e funções de cada instituição.

De acordo com o projeto, os novos servidores assumirão os cargos de forma gradativa entre 2012 e 2014. Em 2012, serão providos 26.690 cargos, com impacto orçamentário estimado em R$ 877 milhões. A previsão de gastos com as contratações e nomeações em 2013 e 2014 é de R$ 1,8 bilhão por ano.

Cargos extintos
Como contrapartida à criação de novos cargos e funções, serão extintos, nas universidades e escolas técnicas, 2.571 cargos de técnico-administrativo; 772 funções gratificadas FG-6; 1.032 funções gratificadas FG-7; 195 funções gratificadas FG-8; e 64 funções gratificadas FG-9. O Ministério da Educação deverá publicar, no prazo de 90 dias após a entrada em vigor da lei, a relação, por instituição de ensino, dos cargos e funções gratificadas extintas.

Funções de coordenação
A proposta institui ainda a função comissionada de coordenação de curso (FCC), a ser exercida exclusivamente por servidores que desempenhem atividade de coordenação acadêmica de cursos técnicos, tecnológicos, de graduação e de pós-graduação stricto sensu. Só poderão ser designados para essas funções comissionadas titulares de cargos da carreira do magistério superior e professores do magistério do ensino básico, técnico e tecnológico.

Fonte: 'Agência Câmara de Notícias' - http://www2.camara.gov.br/agencia

FÓRUM DE SERVIDORES X GOVERNO: MAIS UMA REUNIÃO SEM AVANÇOS NA POLÍTICA SALARIAL.

A Fasubra Sindical participou no dia 24 de mais uma reunião entre Secretaria de Relações do Trabalho/MPOG e Fórum de Entidades dos Servidores Federais tendo em vista a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2012.

O encontro já começou com protesto dos servidores, que tiveram que esperar mais de duas horas pela chegada dos representantes do governo. Depois de tanta demora, as mais de 30 entidades presentes na reunião ouviram, novamente, do secretário Sérgio Mendonça (SRH/MPOG), que a intenção do governo é negociar as pautas setorialmente e que não há como o governo se posicionar sobre a reivindicação de 22,8% de reposição salarial, pois existem muitos setores que precisariam ser consultados sobre o assunto.

O Fórum então pressionou o secretario para que seja apresentada uma contraproposta principalmente sobre política salarial e data-base. O receio é que a mesa central seja esvaziada e as negociações se arrastem além dos prazos estabelecidos para inclusão de valores na Lei Orçamentária de 2013, estratégia utilizada pelo Governo em 2011 e que resultou em valorização “zero” para a maioria dos servidores.

As centrais sindicais presentes apontaram que a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2013 já foi para o Congresso Nacional contendo intenção de elevar a despesa com pessoal. Nem assim, Sérgio Mendonça afirmou que há montante específico para atender o clamor dos servidores.

Na sequência da reunião, foi apresentado pela SRT um quadro sobre as negociações de 2012 com o conjunto das entidades. O estudo mostra que para atender todas as demandas seria necessário investir R$ 66,7 bilhões de reais, que por contemplariam 1.115.085 servidores (ativos, aposentados e pensionistas). O quadro ainda trouxe dados sobre benefícios, racionalização de cargos e gratificações, progressão e promoção.

Após as discussões, no esforço em demonstrar disposição em negociar e superar o impasse, o Fórum propôs-se fazer ajustes na pauta, sem abrir mão dos princípios, e reapresentar para o Governo. A decisão foi bem aceita por Mendonça, que disse ficar no aguardo. Finalizando o encontro, ficou agendada nova reunião em 02/05 para tratar dos rumos da campanha salarial.

Fonte: http://www.fasubra.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2867:forum-de-servidores-x-governo-mais-uma-reuniao-sem-avancos-na-politica-salarial&catid=18:slideshow&Itemid=19

Servidores protestam.

Servidores de diversas categorias tumultuaram ontem as ruas de Brasília. Com fogos de artifícios, faixas e apitos, os manifestantes se concentraram em frente a prédios públicos. No Ministério da Saúde, as duas entradas foram bloqueadas e trabalhadores foram impedidos de entrar no local. As portas ficaram fechadas por cerca de uma hora, quando os manifestantes seguiram para o Palácio do Planalto.

A manifestação teve o objetivo de pressionar o governo pelo reajuste de 78% nos salários acordado em 2010, mas que ainda não saiu do papel. Reunidos na Praça dos Três Poderes, os servidores pediam ao governo que abrisse a mesa de negociações e ameaçavam fazer uma greve nacional. "Aguardamos a resposta positiva do governo", disse o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal, Oton Pereira Neves. Segundo ele, a adesão à manifestação foi forte em vários setores do funcionalismo público e, ao que tudo indica, deve ser ampliada. Neves adiantou que, no próximo dia 4, as categorias vão se reunir em plenária para avaliar as propostas e unificá-las. "Queremos agir juntos, sem restrições", enfatizou.

A Secretaria-Geral da Presidência da República informou que dois assessores receberam a demanda dos servidores e que vão encaminhá-las ao ministro Gilberto Carvalho. Mas a data para a primeira reunião entre a categoria e o governo ainda não foi definida.

Corrupção
Enquanto servidores do Executivo protestavam na Praça dos Três Poderes, advogados e defensores públicos escolheram o entrada da Advocacia-Geral da União (AGU) como cenário para manifestação. O grupo parou o trânsito em frente ao prédio para exigir pressa na aprovação da reforma do Judiciário e reajustes salariais da categoria. Além disso, pedem que haja mudanças, sobretudo no combate à corrupção. "O quadro de abandono das carreiras públicas e a falta de um sistema informatizado entre as categorias não podem continuar", afirmou o presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal, Alan Titonelli. Até o fechamento dessa edição, o governo não havia se pronunciado em relação às reivindicações da categoria.

"O quadro de abandono das carreiras públicas e a falta de um sistema informatizado entre as categorias não podem continuar" - Alan Titonelli, presidente do Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal

Fonte: Correio Braziliense - 26/04/2012 - Ana Carolina Dinardo

Dia nacional de lutas com paralisação tem grande adesão em todo Brasil.

Nesta quarta-feira a Condsef recebeu o balanço das atividades ligadas ao dia nacional de lutas com paralisação que reuniu 31 entidades e mobilizou servidores em todo o Brasil. A adesão ao movimento foi grande e mostrou a disposição da maioria dos trabalhadores do setor público em lutar pelo avanço nas negociações com o governo e atendimento de suas principais reivindicações. Em Brasília, diversos órgãos realizaram atividades pela manhã e depois promoveram uma concentração em frente ao Palácio do Planalto para mostrar a presidenta Dilma que os servidores esperam mais atenção de seu governo. No Rio de Janeiro, onde há maior número de servidores públicos no Brasil, foi realizado um ato com concentração na Candelária, marcha pela Avenida Rio Branco, encerrando com um grande ato na Cinelândia. Em São Paulo também houve movimentação. Foram registradas atividades também no Amazonas, Acre, Rondônia, Minas Gerais, Pará, Sergipe, Rio Grande do Sul, Tocantins, Santa Catarina, Pernambuco, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Ceará houve protestos de manhã e a tarde com concentração de servidores em frente ao Hospital Geral de Fortaleza e na sede do Dnocs no estado. A Condsef avalia que o chamado para a luta foi atendido por suas entidades filiadas e reforça que a mobilização deve seguir sendo ampliada em todo o Brasil.
 
Até o momento as reuniões no Ministério do Planejamento não trouxeram os avanços esperados. O caminho necessário para buscar o atendimento das demandas que vêm sendo negociadas é o da unidade e mobilização das categorias. Entre as reivindicações que compõem a Campanha Salarial 2012 está a busca por uma política salarial que envolva reposição inflacionária e correção de distorções. As entidades devem apresentar oficialmente uma contraproposta ao governo, baseada em estudos feitos pelo Dieese que levam em conta a inflação dos últimos dois anos para reposição inflacionária e variação do PIB (Produto Interno Bruto) do mesmo período para correção de distorções na administração pública. O Dieese busca levantamento de quanto será o impacto total dessas demandas em números. Após apresentação formal dessa contraproposta deve ser retomado no Ministério do Planejamento o debate sobre as demandas gerais dos servidores.

Infelizmente, o governo segue com mesmo discurso de que não há disposição para apresentar proposta que envolva política salarial. O que o Planejamento tem sinalizado é que deve ser implantada a correção de distorções, mas não diz quando isso ocorrerá. Não há sinais claros também de que o governo apresentará propostas para outros temas em pauta como reajuste nos benefícios, incluindo auxílio-alimentação e plano de saúde, definição de data-base, paridade, entre outros. Só após a apresentação da contraproposta dos servidores é que será agendada reunião para continuar o debate com o governo. Participam dessas reuniões representantes de 31 entidades, incluindo 3 centrais sindicais.

A expectativa da Condsef é de que o governo tenha sensibilidade já que servidores entram no segundo ano do governo Dilma com salário congelado. Nenhum trabalhador desse país passa por essa situação. O salário mínimo possui uma política de correção. Os trabalhadores da iniciativa privada também têm política de correção. Não dá para trabalhadores públicos serem tratados de forma diferenciada uma vez que quando há ônus o governo quer tratar os servidores como os demais trabalhadores, basta ver o caso recente das mudanças na Previdência Pública. Não se pode admitir que a maioria dos servidores permaneça com salários congelados.

O governo tem sinalizado que vai priorizar debates setoriais, mas servidores não vão abandonar as demandas gerais em detrimento das pautas específicas que também são importantes. É preciso encarar o conjunto dos problemas da administração pública para que isso tenha o reflexo esperado na melhoria da qualidade do atendimento à população brasileira.

Fonte: http://www.condsef.org.br/portal3/index.php?option=com_content&view=article&id=5467:2504--dia-nacional-de-lutas-com-paralisacao-tem-grande-adesao-em-todo-brasil&catid=35:notas-condsef&Itemid=222

terça-feira, 24 de abril de 2012

Punição dos servidores.

A comissão de juristas que discute no Senado a reforma do Código Penal aprovou uma proposta para endurecer as punições dos servidores públicos que tenham sido condenados por cometer abuso de autoridade. Pelo texto, o funcionário público poderá ser condenado à pena de até cinco anos de prisão. Atualmente, o servidor é enquadrado pela Lei de Abuso de Autoridade, criada na época da ditadura militar (1965). Por essa lei, a punição máxima aplicada em um processo pode chegar a seis meses de prisão. Não haveria mudanças entre a proposta aprovada pela comissão e a lei atual quanto à possibilidade de se aplicar também uma pena de demissão ao funcionário que tenha se excedido em suas funções.

Contra abusos

A comissão também aprovou uma proposta que cria o crime o abuso das prerrogativas do advogado, inexistente hoje. Estão sujeitos à pena de seis meses a dois anos de prisão policiais, promotores, delegados, juízes e quaisquer outros agentes que atuem para dificultar o trabalho do advogado. Pelo texto, será considerado crime, por exemplo, a autoridade ou servidor público impedir acesso aos autos de uma investigação ou processo, negar-se a entregar ou esconder documentos e proibir o advogado de se encontrar com seu cliente.

Conselho de Rosalba O Conselho Político que a governadora Rosalba Ciarlini deve formar, semelhante ao que se reúne em torno da presidenta Dilma Rousseff, terá a participação de algumas das principais lideranças dos partidos que integram a base aliada. Estarão neste Conselho Político da governadora, que terá caráter consultivo, o presidente estadual do PMDB, Henrique Eduardo Alves, o ministro Garibaldi Filho; o presidente do PR no RN, João Maia; o presidente do DEM, senador José Agripino; e o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta (PMN).

Possibildidade de substituição Circulam com cada vez mais frequência comentários segundo os quais haverá mudança no secretariado estadual. Essas informações sinalizam que passaria a integrar a administração alguém com experiência anterior no primeiro escalão e trânsito entre políticos, empresários e até no meio acadêmico.

Presidência da CPI

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) aguarda a indicação, pelo PT na Câmara, de um nome para a relatoria da chamada CPMI do Cachoeira a fim de traçar um plano de trabalho. Vital foi escolhido pelo PMDB no Senado para ser o presidente da comissão. Ele aceitou o convite feito oficialmente pelo partido. Segundo o senador, a instalação oficial da comissão e a escolha do relator serão fundamentais para a definição dos primeiros passos da investigação parlamentar. "Eu fui indicado pelo partido, mas ainda preciso ser eleito pela comissão. Eu estou recolhendo os nomes, a composição final será na terça-feira [24]. Meu ponto de partida será a escolha do relator. Vou discutir com ele o modelo de formatação [do trabalho]. Aí vamos definir o roteiro", disse.

Investigações na CPI

A finalidade da nova CPI é investigar as relações do empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira - preso por suspeita de explorar jogos ilegais - com parlamentares, agentes públicos, empresas privadas e autoridades. A ementa de criação da CPMI é "ampla" por incluir como base de investigação as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. As duas operações tratam da máfia de jogos ilegais, como o do bicho e caça-níqueis, da qual Cachoeira é acusado de ser o controlador.

Ficha limpa

A Câmara de Natal terá uma audiência nesta segunda-feira para discutir o "o Projeto de Lei da Ficha Limpa Municipal e o Combate à Corrupção". O debate foi proposto pelo autor do projeto, o vereador George Câmara (PCdoB) e vai começar às 14h30. Foram convidados representantes do Judiciário, Executivo e Legislativo, OAB, Ministério Público, estudantes e professores das faculdades de Direito.

Ausência de questionamentos A indicação do advogado potiguar Emmanoel Campelo para integrar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, na última quarta-feira, por 15 votos favoráveis e apenas um contrário. O que mais surpreendeu não foi o placar da votação, mas sim a ausência de questionamentos dos senadores sobre o fato, revelado em reportagem de O Estado de S. Paulo en março, de que Campelo é formalmente o defensor do pai, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira, em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a nomeação de um servidor fantasma.

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/punicao-dos-servidores/218355

Trabalho ouvirá ministra do Planejamento sobre suspensão de concursos.

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público ouvirá nesta quinta-feira (26) a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que foi convocada para explicar as consequências da suspensão de concursos públicos federais, determinada há um ano. Também foram suspensas, por tempo indeterminado, as autorizações para provimento de cargos públicos no âmbito da administração pública federal direta e indireta.

A suspensão foi determinada pela Portaria 39/11, publicada em 28 de março do ano passado pelo Diário Oficial da União.

A convocação da ministra foi proposta pela deputada Andreia Zito (PSDB-RJ). “À vista das proibições, observa-se o quanto cresceu o número de terceirizados na administração pública federal”, disse. A deputada afirma que levantamento realizado em 2011, em diversos órgãos da administração pública federal, indicou o quantitativo de 129.213 terceirizados – número que considera inferior ao real.

“Somente no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) há 1.500 terceirizados em setores de decisão de maneira irregular. Esse número corresponde aos contratados que trabalham em áreas ligadas à finalidade do órgão, isto é, em vagas que deveriam ser ocupadas por concursados”, afirma a deputada.

Ela diz também que, em resposta a um requerimento de informações de sua autoria, a ministra informou que após a publicação da portaria foi autorizado o provimento de 14.589 cargos públicos para candidatos já aprovados em concursos públicos nas administrações direta e indireta. Também foram autorizados concursos para um total de 12.744 vagas. A reunião será realizada às 10 horas, no Plenário 12.

Fonte: 'Agência Câmara de Notícias' - http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/TRABALHO-E-PREVIDENCIA/415379-TRABALHO-OUVIRA-MINISTRA-DO-PLANEJAMENTO-SOBRE-SUSPENSAO-DE-CONCURSOS.html

segunda-feira, 23 de abril de 2012

LDO 2013 e o reajuste dos servidores.

Autor: Antônio Augusto de Queiroz*
 
A presidente Dilma encaminhou ao Congresso, no último dia 15 de abril, o PLN 3/2012 relativo à Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para 2013, na qual constam autorizações genéricas para concessão de vantagens, aumentos de remuneração e alterações de estruturas de carreiras, bem como para a revisão geral. A efetividade dessas autorizações, entretanto, depende do envio dos projetos de lei específicos e da previsão na proposta orçamentária, que deverão ser remetidos ao Congresso Nacional até 31 de agosto do corrente ano.

Aliás, a política de atualização da remuneração de servidores, uma despesa de caráter permanente, obedece a uma série de comandos constitucionais e legais para que seja colocada em prática. São seis comandos legais, sendo três gerais (um na Constituição, um na Lei Complementar e outro em lei ordinária) e três específicos, todos em leis ordinárias.

O primeiro é de natureza constitucional. O inciso X do artigo 37 da Constituição Federal estabelece que "a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o parágrafo 4º do artigo 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices".

O segundo é a Lei Complementar 101/2002, a conhecida Lei de Responsabilidade Fiscal, que, nos seus artigos 18 a 23, disciplina e conceitua o que venha a ser despesa com pessoal, fixa os limites por poder e órgãos, e as formas de controle da despesa com o funcionalismo.

O terceiro é a lei de revisão geral, ou Lei 10.331, de 18 de dezembro de 2001, que regulamenta o inciso X do artigo 37 da Constituição e determina que as remunerações e subsídios dos servidores públicos federais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, das autarquias e fundações públicas federais, serão revistos no mês de janeiro de cada ano, sem distinção de índices, extensivos aos proventos da inatividade e das pensões.

O artigo 2º da referida Lei 10.331/2001, entretanto, estabelece as condições a serem observadas para a revisão geral anual, que são: 1) autorização na lei de diretrizes orçamentárias; 2) definição do índice em lei específica; 3) previsão do montante da respectiva despesa e correspondentes fontes de custeio na lei orçamentária anual; 4) comprovação da disponibilidade financeira que configure capacidade de pagamento pelo governo, preservados os compromissos relativos a investimentos e despesas continuadas nas áreas prioritárias de interesse econômico e social; 5) compatibilidade com a evolução nominal e real das remunerações no mercado de trabalho; e 6) atendimento aos limites para despesa com pessoal de que tratam o artigo 169 da Constituição e a Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000.

O quarto é a Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviada anualmente ao Congresso até 15 de abril, com os parâmetros para as despesas gerais dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), incluindo os dispêndios com servidores públicos ativos, aposentados e pensionistas.

O quinto é a Lei Orçamentária, também enviada anualmente ao Congresso até 31 de agosto, com a alocação de receitas e despesas da União, com destaque para a despesa com pessoal, cujo detalhamento, com a citação dos projetos em tramitação, consta no anexo V da referida lei.

O sexto e último, que deve ser enviado ao Congresso até 31 de agosto do ano anterior, é o projeto de lei com especificação da carreira ou grupo de servidores que terão alguma vantagem salarial, como reajuste e reestruturação de carreira.

A LDO para 2013, em consonância com o comando constitucional, da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei que define os parâmetros para a revisão geral, autoriza o aumento da despesa de pessoal em seus artigos 75 e 77.

O artigo 75 diz "Para fins de atendimento ao disposto no inciso II do § 1º do art. 169 da Constituição, observado o inciso I do mesmo parágrafo, ficam autorizadas as despesas com pessoal relativas à concessão de quaisquer vantagens aumentos de remuneração, criação de cargos, empregos e funções, alterações de estrutura de carreiras, bem como admissões ou contratações a qualquer título, de civis e militares, até o montante das quantidades e dos limites orçamentários constantes de anexo discriminativo específico da Lei Orçamentária de 2013 cujos valores deverão constar da programação orçamentária e ser compatíveis com os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal". Seguem-se seis parágrafos do mesmo artigo.

O artigo 77, por sua vez, diz "Fica autorizada, nos termos da Lei nº 10.331, de 18 de dezembro de 2001, a revisão geral das remunerações, subsídios, proventos e pensões dos servidores ativos e inativos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como do MPU, das autarquias e fundações públicas federais, cujo percentual será definido em lei específica".

A concretização dessas autorizações, como já mencionado, depende de duas outras iniciativas do poder ou órgão: o envio de projeto de lei específico com o reajuste ou aumento da despesa com servidores da União, poder, carreira ou cargo, e previsão no anexo da proposta orçamentária com os quantitativos e a citação do número da respectiva proposição legislativa, devendo ambos estar em tramitação no Congresso até 31 de agosto do ano anterior.

A autorização na LDO é necessária, mas não é suficiente. Em anos anteriores, inclusive nos que não houve reajuste, como em 2011 e 2012, havia essa autorização genérica, mas, como o governo não enviou os projetos específicos ou não alocou os recursos no orçamento, no caso de projetos de iniciativa de outros poderes, os servidores ficaram sem atualização salarial. A luta, portanto, será para dar efetividade à LDO.

Se o Poder Executivo, por qualquer razão, não alocar os recursos para o reajuste de pessoal, não restará outra alternativa senão o Poder Judiciário, por intermédio do Supremo Tribunal Federal, com fundamento na Constituição e na lei, garantir o reajuste dos servidores, inclusive em relação aos anos anteriores, utilizando como parâmetro a Lei 11.784/2008, que manda aplicar aos aposentados e pensionistas do regime próprio, que não tenham direito a paridade, o mesmo reajuste dado anualmente aos benefícios do INSS.

Os servidores e suas entidades, portanto, precisam ficar atentos, seja para exigir que os poderes e órgãos façam o envio dos projetos prevendo a atualização salarial, conforme autorizado na LDO, seja para pressionar o Poder Executivo para a alocação dos recursos na proposta orçamentária, seja, na hipótese de descumprimento ou omissão do governo, para provocar o Poder Judiciário a manter o poder de compra de seus salários, utilizando como parâmetro a atualização dos benefícios do regime geral.

Fonte: DIAP - 20/04/2012 http://www.diap.org.br/index.php/noticias/artigos/20227-ldo-2013-e-o-reajuste-dos-servidores

Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político, diretor de documentação do Diap, colunista da revista Teoria e Debate e do portal Congresso em Foco, autor dos livros "Por dentro do processo decisório - como se fazem as leis", "Por dentro do Governo - como funciona a máquina pública" e "Movimento sindical - passado, presente e futuro".

Servidores das universidades federais vão parar na quarta.

Falta de resultados em relação à última greve foi principal motivo que levou a categoria a decidir por nova paralisação.

Os funcionários técnico-administrativos das universidades federais decidiram paralisar as atividades na próxima quarta-feira (25) e, também, nos dias 9 e 10 de maio. A categoria reivindica aumento do piso salarial, atualmente R$ 1.034,59, reajuste do auxílio-alimentação e valorização da carreira.

Segundo a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), a falta de resultados em relação à última greve foi o principal motivo que levou a categoria a decidir por uma nova paralisação. Os servidores técnico-administrativos pedem aumento do piso salarial para um valor correspondente a três salários mínimos (cerca de R$ 1,9 mil), além de efetivar o acordo firmado em 2007 com o governo.

De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o diálogo com os representantes dos servidores é constante. As reivindicações estão sendo analisadas pelo secretário de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, que na próxima terça-feira (24) se reunirá com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).

A última greve dos servidores técnico-administrativos das universidades públicas federais ocorreu no ano passado e durou quatro meses. Durante esse período, o governo manteve a posição de não negociar com os grevistas. A paralisação foi considerada ilegal pelo Superior Tribunal de Justiça depois de ação da Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com o calendário da Fasubra, 30 de maio é a data-limite para chegar a um acordo com o governo.

Fonte: Agência Brasil - 22/04/2012 - http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-22/servidores-das-universidades-federais-vao-parar-na-quarta-feira

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Professores de instituições federais paralisam atividades nesta quinta.

Atendendo ao chamado do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN, docentes federais em todo o país deverão realizar um dia de paralisação nesta quinta-feira, em caráter de vigília e em defesa da pauta de negociações específica dos professores.

Neste dia, o Sindicato Nacional se reúne novamente com representantes do governo e demais entidades do setor da educação, para dar continuidade ao trabalho do grupo de trabalho (GT) que trata a reestruturação do plano de carreira dos professores federais.

Em sua fala, na última reunião do GT Carreira, Marina Barbosa, presidente do ANDES-SN comunicou a paralisação aos representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação.

“A categoria docente entende que as reuniões do GT fazem parte do processo de negociação e está acompanhando atenta e mobilizada a discussão em torno da reestruturação da carreira. No dia 19, quando teremos a próxima reunião com o governo, a categoria irá realizar um dia de paralisação em caráter de vigília”, informou Marina.

Uma nova reunião do setor das Ifes está agendada nos dias 21 e 22 para discutir os desdobramentos das negociações no GT Carreira e traçar as próximas ações.

Os representantes das seções sindicais deverão trazer para este encontro informações sobre a mobilização da categoria, para que a coordenação do setor possa traçar um panorama das paralisações e das deliberações das assembleias de base.

Atividades marcarão Dia de Paralisação na UFMA

Para marcar as mobilizações e paralisações, nestes dois dias, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a APRUMA – Seção Sindical, do ANDES -Sindicato Nacional, organizará duas etapas de discussões no sentido de aprofundar temas como reestruturação da Carreira Docente, Previdência Social Pública e as respostas do Governo Federal para Campanha Salarial 2012.

As atividades que pretendem envolver toda a comunidade universitária da UFMA, acontecerão no Auditório Ribamar Carvalho – Área de Vivência, no Campus do Bacanga, nos horários de 8h30 e 14h30.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, a paralisação não acontece em todas as instituições. Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) não estão associados à ANDES-SN, portanto trabalham normalmente nesta quinta-feira, segundo informou o Sindicato dos Professores de Universidade Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APU-BH) .

Já os professores do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) estão de acordo com movimento. Segundo o SindCEFET-MG, a mobilização defende uma carreira única. A assessoria da instituição ainda não tem informações sobre aulas prejudicados pela paralisação. Informou que o movimento está "pulverizado".

Dia Nacional de Paralisação dos SPF

No dia 25, os professores federais também devem parar as Ifes em defesa da pauta unificada dos Servidores Públicos Federais (SPF). A paralisação foi convocada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais, do qual o ANDES-SN participa, e diversas categorias dos servidores federais irão suspender as atividades em todo o país.

Neste mesmo dia acontece outra reunião do GT Carreira entre o Sindicato Nacional, MP, MEC e demais entidades do setor da educação.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2012/04/19/interna_nacional,289726/professores-das-instituicoes-federais-paralisam-atividades-nesta-quinta.shtml

terça-feira, 17 de abril de 2012

Planejamento confirma reunião para os dias 19 e 24 de abril.

Planejamento confirma a realização de uma reunião nesta quinta, 19, para tratar demandas dos servidores dos ex-territórios que contará também com a Condsef, Andes, Sinasefe e Proifes. Na próxima semana foi confirmada também para a terça, 24, às 10 horas, uma reunião conjunta com as 31 entidades que compõem a Campanha Salarial 2012.

Vamos ver no que vai dar!!!

XXI CONFASUBRA APROVA DEFLAGRAÇÃO DE ESTADO DE GREVE, CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÃO E MANTÉM DESFILIAÇÃO À CUT.

Em votações que entraram pela madrugada deste domingo (15), os delegados do XXI Confasubra aprovaram a deflagração de Estado de Greve,  calendário de mobilizações, a remessa dos destaques feitos à minuta do Plano de Lutas para as bases, propostas de alteração à organização do Comando Nacional de Greve e a manutenção da desfiliação da Fasubra à CUT.

A representação da categoria no congresso também aprovou um calendário de lutas, que contempla a imediata entrada em Estado de Greve. Também constam do calendário:

25/04 - Participação dos TAEs no Dia Nacional de Luta com paralisação.

09 e 10/05 - Paralisação Nacional com os Eixos: Reajuste emergencial (com negociação das pautas protocoladas no MEC e MPOG), elevação do Piso  Salarial, aumento do auxílio alimentação, racionalização, aposentados e Anexo IV.

17/05 - Envio de Caravanas à Brasília

30/05 - Data limite para encerramento das negociações com o Governo Federal.

Com votação em contraste e contagem de votos, o plenário decidiu ainda pela manutenção da filiação da Fasubra à Internacional do Serviço Público, por rejeitar a proposta de que as votações no Comando Nacional de Greve passsassem a ser nominais e o impedimento de que diretores de entidades que estejam fora de greve negociem com o governo no período paredista.

Finalizando as atividades, por volta da 01h30 da madrugada de domingo foi rechaçado o retorno da filiação da Fasubra à Central Única dos Trabalhadores. Do total de delegados presentes em plenário, 534 aprovaram a manutenção da desfiliação, enquanto outros 489 queriam a refiliação.

Fonte: http://www.fasubra.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2845:em-noite-agitada-xxi-confasubra-aprova-deflagracao-de-estado-de-greve-calendario-de-mibilizacao-e-mantem-desfiliacao-a-cut&catid=18:slideshow&Itemid=19

Centrais sindicais mantêm disposição de paralisar setor público em maio; governo crê em acordo.

O discurso ameaçador de paralisação geral do funcionalismo público nos Três Poderes, adotado pelas centrais sindicais, não tirou do secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, a crença de que um acordo possa vir a evitar a greve. Os sindicalistas, no entanto, mantêm a disposição de parar se não tiverem suas reivindicações atendidas.

“Eu, por obrigação, acredito em vários acordos. Podemos ter greve, podemos ter conflito, mas, para a maioria das coisas, vamos conseguir chegar a um acordo. Acho difícil que haja um movimento generalizado, na minha percepção. O governo lida tranquilamente [com essa questão]. É democrático e sabe que isso é possível. Mas temos que tomar atitudes de tentar viabilizar [a negociação] dentro dos órgãos. Se chegar, infelizmente, a uma greve, que seja decorrente de um longo processo de negociação”, disse.

A pré-anunciada greve geral está programada para 9 de maio, caso não haja entendimento entre o governo e os sindicalistas. As centrais sindicais representam cerca de 1,2 milhão de servidores públicos. Desses, cerca de 570 mil estão na ativa. Mendonça não acredita que paralisação vá atingir todos os funcionários. “Não estou ignorando ou menosprezando o poder de mobilização das entidades. A greve faz parte do processo, mas greve de 100% de adesão é meio difícil”.

Mas, na opinião do secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa, o governo tem sido “inflexível” com os sindicalistas. “Por enquanto estamos aguardando propostas concretas do que eles têm para nos oferecer. Estamos esperando”, disse.

A pauta de reivindicação inclui melhoria salarial, correção de distorções, paridade e definição de data-base. “Mantemos nossa posição. Se não houver flexibilidade por parte do governo, vamos decretar paralisação geral. Queremos mobilizar todos os servidores”, acrescentou Costa.

O governo, por sua vez, alega que será difícil abrir a carteira em um momento de incertezas econômicas e financeiras, diante do atual cenário internacional. “Essa crise internacional, que você não sabe o tamanho, pode voltar. É uma situação delicada que deixa mais precavido o governo que já tem responsabilidade fiscal. Política macroeconômica tem base forte na questão fiscal. Quando dá crise internacional, qual é o receio? Tenho que ficar mais ainda apegado à questão fiscal”, justificou.

Mendonça destacou que um dos pontos que tem dificultado a possibilidade de acordo entre as duas partes é a reivindicação por ajuste linear. “Unificar pauta geral, eu reconheço que é de difícil atendimento pelo governo. Não se consegue fazer outra política que não a de ajuste remuneratório, correção das distorções. Por isso é que dá o sentimento de que eles  vêm aqui [os servidores que negociam] e não estão sendo atendidos. Porque, de fato, não é compatível fazer uma coisa e outra, não há recursos para tanto”, concluiu.

Fonte: Luciene Cruz - Repórter da Agência Brasil - 14/04/2012 - http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-14/centrais-sindicais-mantem-disposicao-de-paralisar-setor-publico-em-maio-governo-cre-em-acordo

Governo mantém discurso por reajuste de contracheque de servidor só em 2013.

A morte abrupta de Duvanier Paiva, em janeiro, então secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, fez com que o atual secretário, Sérgio Mendonça, assumisse a vaga em meio a ameaças de uma greve geral do funcionalismo público nos Três Poderes.

A pré-anunciada paralisação está prevista para o início de maio, mas, diante de um cenário de crise econômica internacional, a ordem é “cautela”. “Assim, qualquer crescimento da despesa com a folha de pagamento não deve ultrapassar a relação com o PIB [Produto Interno Bruto] nominal”, disse Mendonça, em entrevista à Agência Brasil.

Apesar do titular de Mendonça ter assumido o cargo recentemente, o discurso de que o governo só negocia reajuste com servidores para o contracheque de 2013 continua. “É verdade que é um momento difícil. O governo teve ano difícil nas negociações em 2011, e isso carrega para frente uma tensão nas relações do governo com os servidores. Mas, para 2012, a folha está fechada. Toda negociação é para 2013”, admitiu.

Segundo Mendonça, atualmente, a folha de pagamento - considerando o Poder Executivo, o que inclui servidores civis e militares, o Legislativo e o Judiciário - custa cerca de R$ 200 milhões por ano ao governo. O montante equivale a 4,5% do PIB. E, conforme o secretário, o alto percentual faz com que cada movimento de reajuste salarial precise ser bastante calculado. A ordem atual é que o crescimento dos gastos não ultrapasse a relação com o PIB nominal.

"Qualquer movimento [em torno de reajuste] que você dê, [mesmo que] só da inflação, você consome uma boa parcela [da folha de pagamentos]. Não se consegue fazer outra política senão a de ajustes remuneratórios, correção das distorções. A ideia é que não possa ultrapassar o crescimento, essa relação com o PIB nominal daqui para frente. Se hoje a relação é 4,5% do PIB, a ideia é que isso possa ser preservado daqui para frente e que, em 2013, 2014, não tenha expansão adicional. Isso não é uma gordura, é manter estrategicamente a despesa de pessoal no ritmo de crescimento do país”, defendeu.

Focando nessa metodologia e na expectativa do governo de crescer 5,5% em 2013, as contas de aumento de gastos ficam em torno de R$ 25 bilhões, de acordo com as projeções de Mendonça. “É difícil mensurar, em conta simplória, se o Brasil de fato crescer 5% ano que vem, e ter a meta de inflação atingida, está se falando de expansão de 9,5% na despesa. Ela não deveria crescer mais que isso, para não ultrapassar parâmetros. O governo não vai errar nessa conta, eu gasto tanto, mas posso avançar mais meio. Não vai ser assim”, disse.

Nessa conta governamental, estão computadas as despesas com melhoria salarial e novos concursados. “A despesa de pessoal com reajuste e novas contratações de concursos, temos que encaixar tudo na mesma conta”, disse o secretário de Relações do Trabalho. Segundo ele, esse é o parâmetro do governo na hora de avaliar a possibilidade de atender às reivindicações dos servidores. “Esse é o parâmetro com que estamos trabalhando, mas não é um parâmetro que impede uma expansão”.

Fonte: Luciene Cruz - Repórter da Agência Brasil14/04/2012 - http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-14/governo-mantem-discurso-por-reajuste-de-contracheque-de-servidor-so-em-2013

Aumenta a resistência à Ebserh.

Mesmo com a aprovação da lei 1749/11, que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), cada Conselho Universitário (Consuni) de instituições federais que tenham em sua estrutura um ou mais hospital universitário e de ensino (HUE) tem que avaliar se vai aceitar ou não a empresa. Em todo o Brasil, os defensores da saúde pública têm se mobilizado para que a os conselhos desaprovem a Ebserh.

De acordo com a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, a pressão da comunidade universitária tem adiado a aceitação da Ebserh pelos Consuni.

Em Uberlândia, a comunidade universitária realizou um ato na porta da reitoria no dia 30 de março para pressionar o Conselho Universitário a retirar da pauta a autorização para a implementação do Ebserh no hospital universitário da Universidade Federal de Uberlândia. Devido a essa manifestação, o Conselho aprovou a retirada do ponto de pauta para que as comunidades acadêmica e externa debatam melhor a questão antes de tomar a decisão.

Na UFMG, no dia 14 de março, os técnicos e estudantes também realizaram um ato público em frente da reitoria e ocuparam a sala onde seria realizada a reunião do Conselho. A reitoria, então, realizou a reunião em outro local, onde o Consuni aprovou o contrato com a Ebserh.

Na UFPB, devido à eleição para reitor, não há movimentação por parte da reitoria e da direção do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) acerca da adesão a Ebserh.

Até o momento, a Adufrj, em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), tem articulado debates para pressionar o Conselho Universitário para a não-adesão à Ebserh. No Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, a Congregação se reuniu e votou uma moção contrária a empresa de administração dos hospitais. Houve também manifestação contrária da Congregação da Escola de Enfermagem.

O Consuni da Universidade Federal de Alagoas está debatendo o novo regimento do hospital universitário. Na votação sobre o regimento, o Fórum Alagoano em Defesa do SUS conseguiu articular dentro do Conselho alguns apoiadores da luta contra a Ebserh, fortalecendo a trincheira contra a privatização do HU, única estrutura terciária do estado de Alagoas.

Na UFPR, a luta está sendo articulada pela Apufpr-SSind, pelo sindicato dos técnicos-administrativos da universidade e pelos centros acadêmicos, especialmente de enfermagem, medicina, biologia e psicologia e por coletivos estudantis. Em breve será publicado jornal informativo acerca do tema e alertando para a importância da defesa do HC-UFPR e da necessidade de o Conselho Universitário não aprovar a Ebserh.

Também aumenta, a cada dia, a adesão de mais entidades ao manifesto elaborado pela Frente Nacional contra a Privatização da Saúde contra a Ebserh. Já são mais de 122 entidades nacionais e regionais e unidades de ensino que assinaram o documento. O manifesto (pode ser lido aqui) denuncia que a Ebserh é uma afronta ao caráter público dos hospitais universitários e um desrespeito à autonomia universitária, além de apresentar outros problemas.

Fonte: http://www.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5280

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Servidor deve em média 4 salários.

Fácil acesso a empréstimos bancários e descontrole nas compras causam rombos que chegam a R$ 600 mil. Queda das taxas aumenta possibilidade de renegociação

O crédito fácil levou servidores públicos federais a um nível de endividamento considerado explosivo pelo governo. Em média, as dívidas somam de três a quatro vezes o salário mensal, sobretudo entre os trabalhadores do Banco Central, do Judiciário e do Legislativo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), dívidas de até R$ 600 mil são comuns entre o funcionalismo — e tudo gasto com supérfluos. A queda dos juros é um alívio para esse público, que terá oportunidade de renegociação com taxas melhores. O receio no Palácio do Planalto e nas instituições financeiras, entretanto, é que esses consumidores não reestruturem suas contas e usem o crédito mais barato apenas para rolar a fatura e continuar a gastança.

O problema do alto endividamento entre funcionários públicos, segundo especialistas, é antigo e se agravou depois do surgimento do crédito consignado, que permite o desconto direto na folha de pagamento. No Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), a questão começou a ganhar destaque em 2009, quando a instituição notou que vários servidores contratavam o empréstimo acima da margem de endividamento permitida, de 30% do salário. Eles usavam as comissões e gratificações para elevar os rendimentos e obter mais recursos nos bancos.

No Senado, em alguns casos, a remuneração do trabalhador estava quase totalmente comprometida com o desconto em folha. O quadro se agravou quando algumas dessas pessoas perderam as gratificações, mas ainda estavam longe de quitar suas faturas.

Sem controle
Em pesquisa feita pelo Sindilegis, 87% dos respondentes informaram estar endividados. Desses, apenas 28% declararam estar com as dívidas sob controle. Geraldo Tardin, presidente do Ibedec, conta que é recorrente o caso de funcionários públicos que não conseguem pagar suas dívidas . "Quando comecei a fazer os processos relacionados a dívidas, achava que as pessoas deviam tanto por algum problema de saúde ou investimento que deu errado, mas era tudo por compras supérfluas", disse. "Entre os servidores públicos é comum dívidas de R$ 500 mil, R$ 600 mil, tudo gasto apenas com status e aparência. Eles dificilmente constroem patrimônio."

Conceição Maria (nome fictício), 43 anos, é servidora da Câmara Federal e recebe mensalmente R$ 16,4 mil. Desse total, nos últimos meses, sobravam R$ 2,4 mil para alimentação, transporte e moradia. "Foi tudo gasto com roupa, carro e coisas supérfluas", desabafou. A dívida total dela chega a R$ 360 mil, quase duas vezes o rendimento anual de Conceição. "Entramos com uma ação na Justiça para renegociar as dívidas dela", informou Tardin. "Quando encontramos pessoas com esse perfil de dívida, aconselhamos que procure um psiquiatra ou psicólogo, a pessoa está doente, tem compulsão por compras e gastos."

Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rafael Zanon, o mais comum é pessoas com altos salários terem também elevado endividamento. "Não dá para generalizar, mas funcionários dessas instituições, onde os rendimentos são maiores, como o Banco Central e também o poder Legislativo, têm mais problemas com endividamento." Ele avalia que, com a queda dos juros, esses consumidores terão oportunidade de regularizar as finanças e que, para o banco, ainda assim ficará um risco pequeno. "As pessoas, para ter acesso a esses recursos mais baratos, tem de levar os salários para o banco, então a instituição terá uma segurança a mais", observou.

Para especialistas, no caso do alto endividamento, a primeira providência é tentar trocar o crédito mais caro por outro mais barato. Se a dívida está no cartão de crédito, o ideal é fazer um CDC ou buscar outra linha de financiamento que ofereça condições melhores para quitar o débito. Entretanto, se a fatura se torna quase impagável, como o caso de alguns servidores que devem cerca de meio milhão de reais, o consumidor tem de ir à Justiça e negociar. Nos casos mais graves, é preciso pedir falência, uma situação na qual os credores têm de apresentar um plano de recuperação para o devedor e, caso algum deles não compareça, a dívida pode ser anulada.

Fonte: Autor(es): » VICTOR MARTINS - Correio Braziliense - 12/04/2012 - https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/4/12/servidor-deve-em-media-4-salarios

PLANEJAMENTO EXCLUI 44 CONSIGNATÁRIAS POR FALTA DE RECADASTRAMENTO ANUAL.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) descredenciou 44 instituições que operavam com consignações em folha de pagamento na Administração Pública Federal. As exclusões foram publicadas em dois editais nas páginas 139 e 140 da Seção 3 do Diário Oficial da União, no último dia 5.

As consignações são os descontos realizados diretamente na folha dos servidores públicos federais (ativos, aposentados e pensionistas) em razão de empréstimos, pagamentos de pensão alimentícia ou de mensalidades a sindicatos, associações, cooperativas, planos de saúde, seguros, entre outras despesas contratadas pelo servidor.

As instituições descredenciadas faziam parte das entidades habilitadas a operar em folha de pagamento no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e deveriam realizar o recadastramento anual. No entanto, não atenderam às convocações feitas pela Secretaria de Gestão Pública (Segep).

A desativação das rubricas das entidades descredenciadas será feita a partir de 1º de maio próximo. Aquelas que tiverem interesse em continuar operando no Siape deverão cumprir as exigências do Ministério do Planejamento. Para isso, é necessário utilizar o formulário disponível  no Portal Siapenet (www.siapenet.gov.br).

Nova chamada

O Ministério do Planejamento prossegue com as convocações de consignatárias para efeito de recadastramento. No mesmo dia 5 de abril, também por meio de edital, deu prazo de 15 dias para mais 55 entidades apresentarem a documentação exigida.

Segundo a orientação da Segep, as entidades citadas no edital de convocação deverão apresentar documentação conforme os itens relacionados no Anexo II da Portaria Normativa SRH/MP nº 1, de 15 de abril de 2011, na Esplanada dos Ministérios, Bloco K, 4º Andar, Sala 440, em Brasília. Dados incompletos ou o não comparecimento das entidades ocasionarão a perda da condição de consignatária.

Desde abril de 2011, o recadastramento deixou de ser feito em um mesmo momento para todas as entidades habilitadas (em torno de 600 atualmente), e passou a ser realizado por grupos de consignatárias, conforme a data de vencimento do último convênio firmado. A verificação escalonada facilita o cumprimento da legislação através da comprovação da manutenção do atendimento na modalidade concedida.

A Secretaria de Gestão Pública informa que está revisando o fluxo atual do recadastramento das entidades e empresas consignatárias visando torná-lo mais ágil, transparente e seguro.

Fonte: Brasília, 11/4/2012 – http://www.planejamento.gov.br/noticia.asp?p=not&cod=8262&cat=34&sec=6

Vento de avião em decolagem arrasta mulher em Saint Martin

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