Imagens com violência excessiva, tendências petistas ou tucanas evidentes nos textos, apologia ao racismo e uma publicação que aprova erros de português. Nos últimos dois anos, todas essas críticas foram dirigidas aos livros didáticos e às obras literárias usadas pelas escolas da rede pública no Brasil. Cada um desses casos teve particularidades, mas todos causaram muita dor de cabeça para os gestores da educação pública.
Na semana passada, surgiu uma nova polêmica, desta vez envolvendo o conteúdo do material distribuído pelo MEC. Na obra Por uma vida melhor, entregue a mais de 485 mil estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio, um trecho causou grande polêmica. “Posso falar ‘os livro’? Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico”. A suposta defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções, recebeu críticas de integrantes da Academia Brasileira de Letras (ABL) que questionaram a mistura das duas formas do idioma nas salas de aula.
A polêmica é só mais uma no acervo do Ministério da Educação (MEC). Em 2009, educadores questionaram a obra Um contrato com Deus e outra histórias de cortiço, do autor norte-americano Will Eisner, que aborda temas como violência doméstica, abuso sexual e uso de bebidas alcoólicas por meio de histórias em quadrinho sobre moradores de um bairro de Nova York. Na época, a pasta alegou que as bibliotecas são responsáveis pela política de empréstimo das obras e que o acesso dos alunos deve ser coordenado por bibliotecários ou professores capacitados.
Racismo
Até um dos escritores mais populares da literatura brasileira, Monteiro Lobato, teve suas obras questionadas. No ano passado um professor da Universidade de Brasília (UnB) considerou preconceituosos alguns trechos do livro Caçadas de Pedrinho, de 1933, e a Secretaria de Igualdade Racial concordou com a crítica, propondo uma análise dos textos. O Conselho Nacional de Educação (CNE) cogitou impedir a distribuição de livros do autor nas escolas, porém, voltou atrás, entendendo que a obra segue os critérios do MEC para fazer parte do acervo dos livros didáticos.
Um suposto teor político nos livros didáticos também foi motivo de críticas para o MEC, dessa vez por parte dos próprios partidos políticos, que se sentiram prejudicados pelo conteúdo apresentado aos alunos. Insatisfeitos com críticas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com os elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parlamentares da Comissão de Educação no Senado convocaram o presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), para discutir o conteúdo dos livros didáticos aprovados pelo MEC.
Fonte: Autor(es): Marcelo da Fonseca - Correio Braziliense - 19/05/2011 - http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/5/19/um-acervo-de-polemicas-no-mec/?searchterm=mec
Na semana passada, surgiu uma nova polêmica, desta vez envolvendo o conteúdo do material distribuído pelo MEC. Na obra Por uma vida melhor, entregue a mais de 485 mil estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio, um trecho causou grande polêmica. “Posso falar ‘os livro’? Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico”. A suposta defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções, recebeu críticas de integrantes da Academia Brasileira de Letras (ABL) que questionaram a mistura das duas formas do idioma nas salas de aula.
A polêmica é só mais uma no acervo do Ministério da Educação (MEC). Em 2009, educadores questionaram a obra Um contrato com Deus e outra histórias de cortiço, do autor norte-americano Will Eisner, que aborda temas como violência doméstica, abuso sexual e uso de bebidas alcoólicas por meio de histórias em quadrinho sobre moradores de um bairro de Nova York. Na época, a pasta alegou que as bibliotecas são responsáveis pela política de empréstimo das obras e que o acesso dos alunos deve ser coordenado por bibliotecários ou professores capacitados.
Racismo
Até um dos escritores mais populares da literatura brasileira, Monteiro Lobato, teve suas obras questionadas. No ano passado um professor da Universidade de Brasília (UnB) considerou preconceituosos alguns trechos do livro Caçadas de Pedrinho, de 1933, e a Secretaria de Igualdade Racial concordou com a crítica, propondo uma análise dos textos. O Conselho Nacional de Educação (CNE) cogitou impedir a distribuição de livros do autor nas escolas, porém, voltou atrás, entendendo que a obra segue os critérios do MEC para fazer parte do acervo dos livros didáticos.
Um suposto teor político nos livros didáticos também foi motivo de críticas para o MEC, dessa vez por parte dos próprios partidos políticos, que se sentiram prejudicados pelo conteúdo apresentado aos alunos. Insatisfeitos com críticas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com os elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parlamentares da Comissão de Educação no Senado convocaram o presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), para discutir o conteúdo dos livros didáticos aprovados pelo MEC.
Fonte: Autor(es): Marcelo da Fonseca - Correio Braziliense - 19/05/2011 - http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/5/19/um-acervo-de-polemicas-no-mec/?searchterm=mec
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